Cerca de 20 pacientes com hemofilia, tratados no Hemepar, vão participar de uma pesquisa inédita viabilizada pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas-Paraná). O estudo quer avaliar os impactos do tratamento ofertado pelo SUS na qualidade de vida dessas pessoas.

O objetivo é acompanhar, por quatro anos, o estado de saúde de pessoas que utilizam um determinado tipo de medicamento indicado para o tratamento da Hemofilia A. Serão analisados aspectos clínicos dos pacientes, bem como a segurança e a eficácia do hemoderivado de Fator VIII fornecido pelo Ministério da Saúde.

Este estudo será realizado com pacientes que aderirem à pesquisa como voluntários, após serem informados do caráter científico do trabalho. A coordenação do estudo ficará a cargo de médicos hematologistas do Hemepar e será custeada pelo laboratório fornecedor do medicamento para a rede pública de saúde.

“Trata-se de uma pesquisa com o aval do Ministério da Saúde e que contribuirá muito para o avanço do tratamento da hemofilia em todo o país. Sem a participação da Funeas, esse estudo não poderia ter sido desenvolvido aqui no hemocentro”, explicou o diretor-geral do Hemepar, Paulo Roberto Hatschbach.

Para o presidente da Funeas-Paraná, Carlos Alexandre Lorga, esta é a primeira de muitas parcerias que serão firmadas com a Secretaria da Saúde em prol de melhorias na atenção à saúde dos paranaenses. “Essa é uma das missões da Funeas. Nossa natureza jurídica favorece o desenvolvimento deste tipo de projeto e por isso estamos à disposição da gestão para novas parcerias”, ressaltou.

A hemofilia é um distúrbio hemorrágico congênito que afeta os homens e, muito raramente, mulheres. Pacientes com hemofilia A têm ausência, redução ou defeito na produção do Fator VIII da coagulação, que é uma proteína importante no processo de coagulação do sangue.