O CPPI – FUNEAS mantém 76 cavalos para a realização de pesquisas científicas e produção de plasma, componente para o soro antiloxoscélico, contra picada da aranha marrom, e do soro antibotrópico, contra serpentes da família das jararacas.

Anualmente, os animais passam por uma avaliação odontológica, para um procedimento de odontoplastia. Por se tratar de equinos mais velhos, existe uma grande  probabilidade de problemas dentários, que podem gerar outros problemas de saúde, explica a médica veterinária Bruna Zielinski, do CPPI.

Como os cavalos mastigam de uma forma lateral, o desgaste dos dentes acontece de forma irregular, principalmente nos pré-molares e molares, formando pontas e ganchos que ferem as mucosas ou língua.

O procedimento realizado consiste em uma espécie de lixamento para desgastar estas pontas, para evitar uma possível agressão nestas áreas internas da boca, que podem interferir no consumo do alimento e possível redução de peso ou surgimento de doenças.

“Se o animal não se alimenta bem, tem dor ou inflamação, consequentemente compromete o sistema imune e diminui a produção de anticorpos e produção de plasma”, afirmou.

Além da odontoplastia, os profissionais também realizam, a cada sessenta dias, o casqueamento dos cavalos, pois o crescimento nesta área é contínuo, e eventualmente podem quebrar o casco, ou, como circulam livremente pelo pasto, podem pisar em pedras, danificando a estrutura.

Em ambos os casos, estes procedimentos são realizados por profissionais qualificados e especializados nestas áreas. A odontoplastia é realizada por um médico veterinário especialista, e o casqueamento é feito pelo casqueador, ou ferrador, que utiliza ferramentas específicas.

Durante a sessão de odontoplastia, o cavalo é sedado, para proporcionar a segurança do profissional e dos próprios cavalos durante o processo, gerando mais qualidade de vida nestes animais que são fundamentais para a produção destes soros contra picadas de aranha marrom e das serpentes, com grande incidência na nossa região.