Exame do Papanicolau detecta câncer do colo do útero precocemente 26/06/2017 - 11:00
Um estudo da Secretaria da Saúde identificou que a cobertura do exame Papanicolau, também conhecido como citopatológico, deve ser ampliada nos municípios do Paraná. Com o exame, é possível identificar lesões precursoras de câncer que, quando descobertas nesta fase, tem 100% de chances de cura.
O câncer do colo do útero é o terceiro mais frequente na população feminina do Brasil, com quase 18 mil novos casos anualmente, e a quarta causa de morte por câncer entre mulheres, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
No Paraná, em 2015, foram registradas 340 mortes pela doença. “Nosso apelo é para que as mulheres compareçam regularmente a unidade de saúde mais próxima de suas residências para que seja colhido o exame de Papanicolau e para que cada vez menos pessoas morram em decorrência de uma doença que pode ser curada”, alerta o superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Juliano Gevaerd. “Chamamos a atenção para que todos os municípios do Estado realizem ações para intensificação da realização do exame, principalmente nas mulheres identificadas como população-alvo que nunca realizaram o exame ou que estão em atraso”, complementa o superintendente.
RECOMENDAÇÃO – O exame deve ser feito periodicamente, principalmente dos 25 aos 64 anos. De acordo com o médico ginecologista da Divisão de Saúde da Mulher, Marcos Takimura, todas as mulheres em idade reprodutiva com vida sexual ativa ou que já tiveram ao menos uma relação sexual devem colher o exame. “Seguindo recomendações do Inca, se esse exame for feito duas vezes consecutivas com o intervalo de um ano e não forem identificadas alterações, a mulher sem comportamento sexual de risco pode dar intervalos de três anos para repetir o Papanicolau. Quando maiores de 65 anos, a coleta pode ser encerrada ou o intervalo pode ser maior, caso não haja novo parceiro”, detalha o médico.
O exame é simples e é feito em cinco minutos em qualquer unidade de saúde do Estado. O resultado deve ser retirado de 45 a 60 dias após o procedimento. “Os pacientes devem retornar a unidade para buscar esse resultado. Além disso, também é importante guardar o exame e levar em consultas posteriores para que o médico possa comparar exames anteriores com o atual”, destaca Gevaerd.
CÂNCER – O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV) do tipo oncogênico. A transmissão do vírus predominantemente ocorre por relações sexuais e, por isso, o uso de preservativo ajuda a proteger parcialmente do contágio, mas, por também estar presente fora dos órgãos genitais masculino e feminino, não garante proteção integral.
O ginecologista também ressalta que o câncer do colo do útero não costuma apresentar sintomas na fase inicial. “Pouquíssimas vezes a doença se apresenta de forma sintomática no início, como verrugas genitais. Agora em estágios mais avançados pode haver sangramentos e corrimentos anormais, e dores abdominais, mas neste momento as chances de cura já são quase nulas”, explica. CUIDADO – Maria Márcia Ferreira enfrentou um câncer do colo do útero quando tinha 48 anos. “Fiz o Papanicolau uma vez e estava tudo certo. Então, não repeti. Muito tempo depois, em um mutirão de exames, fiz mais uma vez e acusou o câncer”, lembra.
Hoje, aos 64 anos, a moradora de Londrina precisa fazer o monitoramento frequente e retorna ao médico todos os anos. “Não esqueço mais. E também aproveito todos os espaços que tenho para conscientizar outras mulheres sobre a importância de cuidar da saúde, fazer sempre o preventivo e todos os outros exames que possam indicar algum problema”, fala Maria Márcia. (Box) Vacinação contra o HPV tem público-alvo ampliado Nesta semana, o Ministério da Saúde ampliou ainda mais a faixa etária para os meninos.
Agora, a vacina é para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, além de pacientes com HIV/Aids, oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos. A vacina está disponível nas 2,2 mil salas de vacinação nos 399 municípios do Paraná. Entretanto, a adesão ainda é muito baixa em todo o país. “A população precisa estar ciente que a vacina vai trazer resultados em longo prazo. Com ela, teremos uma próxima geração com menor incidência dos cânceres causados pelo HPV que, além do colo do útero, também é responsável pelo câncer de pênis, boca, ânus e outros”, fala a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues.
O chefe do Centro estadual de epidemiologia, João Luís Crivellaro, comenta que a principal barreira para a adesão à vacina é o desconhecimento. “A vacina não estimula a vida sexual. Da mesma maneira que a criança é vacinada na infância contra doenças que poderão ocorrer na fase adulta, ela deve ser vacinada na adolescência contra o HPV para que quando ele inicie sua vida sexual já tenha a proteção adequada em seu organismo”, esclarece.
O câncer do colo do útero é o terceiro mais frequente na população feminina do Brasil, com quase 18 mil novos casos anualmente, e a quarta causa de morte por câncer entre mulheres, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
No Paraná, em 2015, foram registradas 340 mortes pela doença. “Nosso apelo é para que as mulheres compareçam regularmente a unidade de saúde mais próxima de suas residências para que seja colhido o exame de Papanicolau e para que cada vez menos pessoas morram em decorrência de uma doença que pode ser curada”, alerta o superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Juliano Gevaerd. “Chamamos a atenção para que todos os municípios do Estado realizem ações para intensificação da realização do exame, principalmente nas mulheres identificadas como população-alvo que nunca realizaram o exame ou que estão em atraso”, complementa o superintendente.
RECOMENDAÇÃO – O exame deve ser feito periodicamente, principalmente dos 25 aos 64 anos. De acordo com o médico ginecologista da Divisão de Saúde da Mulher, Marcos Takimura, todas as mulheres em idade reprodutiva com vida sexual ativa ou que já tiveram ao menos uma relação sexual devem colher o exame. “Seguindo recomendações do Inca, se esse exame for feito duas vezes consecutivas com o intervalo de um ano e não forem identificadas alterações, a mulher sem comportamento sexual de risco pode dar intervalos de três anos para repetir o Papanicolau. Quando maiores de 65 anos, a coleta pode ser encerrada ou o intervalo pode ser maior, caso não haja novo parceiro”, detalha o médico.
O exame é simples e é feito em cinco minutos em qualquer unidade de saúde do Estado. O resultado deve ser retirado de 45 a 60 dias após o procedimento. “Os pacientes devem retornar a unidade para buscar esse resultado. Além disso, também é importante guardar o exame e levar em consultas posteriores para que o médico possa comparar exames anteriores com o atual”, destaca Gevaerd.
CÂNCER – O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV) do tipo oncogênico. A transmissão do vírus predominantemente ocorre por relações sexuais e, por isso, o uso de preservativo ajuda a proteger parcialmente do contágio, mas, por também estar presente fora dos órgãos genitais masculino e feminino, não garante proteção integral.
O ginecologista também ressalta que o câncer do colo do útero não costuma apresentar sintomas na fase inicial. “Pouquíssimas vezes a doença se apresenta de forma sintomática no início, como verrugas genitais. Agora em estágios mais avançados pode haver sangramentos e corrimentos anormais, e dores abdominais, mas neste momento as chances de cura já são quase nulas”, explica. CUIDADO – Maria Márcia Ferreira enfrentou um câncer do colo do útero quando tinha 48 anos. “Fiz o Papanicolau uma vez e estava tudo certo. Então, não repeti. Muito tempo depois, em um mutirão de exames, fiz mais uma vez e acusou o câncer”, lembra.
Hoje, aos 64 anos, a moradora de Londrina precisa fazer o monitoramento frequente e retorna ao médico todos os anos. “Não esqueço mais. E também aproveito todos os espaços que tenho para conscientizar outras mulheres sobre a importância de cuidar da saúde, fazer sempre o preventivo e todos os outros exames que possam indicar algum problema”, fala Maria Márcia. (Box) Vacinação contra o HPV tem público-alvo ampliado Nesta semana, o Ministério da Saúde ampliou ainda mais a faixa etária para os meninos.
Agora, a vacina é para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, além de pacientes com HIV/Aids, oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos. A vacina está disponível nas 2,2 mil salas de vacinação nos 399 municípios do Paraná. Entretanto, a adesão ainda é muito baixa em todo o país. “A população precisa estar ciente que a vacina vai trazer resultados em longo prazo. Com ela, teremos uma próxima geração com menor incidência dos cânceres causados pelo HPV que, além do colo do útero, também é responsável pelo câncer de pênis, boca, ânus e outros”, fala a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues.
O chefe do Centro estadual de epidemiologia, João Luís Crivellaro, comenta que a principal barreira para a adesão à vacina é o desconhecimento. “A vacina não estimula a vida sexual. Da mesma maneira que a criança é vacinada na infância contra doenças que poderão ocorrer na fase adulta, ela deve ser vacinada na adolescência contra o HPV para que quando ele inicie sua vida sexual já tenha a proteção adequada em seu organismo”, esclarece.